Nu, de Botas (Antonio Prata)

No começo do ano, em um passeio por uma livraria, achei este livro do Antonio Prata e embora nunca tivesse lido nada dele, já o conhecia da crônica "Amizade Platônica" do Gregorio Duvivier. Nela, o Duvivier dizia que quando leu um dos livros do Prata, era como se tivesse sentado em um bar com ele, ouvindo-o contar seu livro e tivessem virado melhores amigos á primeira vista.

Eu que sou melhor amiga á primeira vista do Duvivier - sem que ele saiba, claro -, me convenci a levar o livro de capa bonita e turquesa para casa. E lá, ele permaneceu até que eu tive a oportunidade de conhecer o Antonio Prata e me finalmente peguei o livro para ler.

O Antonio Prata nasceu em Agosto de 1977 em São Paulo e já escreveu para a Capricho (2001-2008), para o Estadão (2003-2009) e atualmente tem uma coluna semanal na Folha de São Paulo desde 2010. O Antonio também é roteirista e colaborou em Avenida Brasil (!!!!) e a atual Regra do Jogo, ambas novelas do João Emanuel Carneiro.

Ao ler Nu, de botas, você é automaticamente transportado para a sua infância em 24 crônicas que se interligam e te deixam nostálgico - e também pensando se você e o Antonio Prata não são a mesma pessoa para compartilharem memórias tão parecidas, por mais específicas que elas sejam.

O Antonio criança parece muito uma versão minha criança - mesmo com a nossa diferença de idade: ele é de 77 e eu de 96. Me senti nostálgica em histórias com dramas infantis que ultrapassam o tempo: implorar para os pais para ganhar um bichinho, fazer birra para não sair de casa e tentar convencer de n maneiras seus pais de que você está doente e não pode ir para a escola.
Quando você ler este livro, vai ficar nostálgico, lembrando da sua infância e vai rir (e provavelmente vai rir alto como eu ri no meio da sala, no ônibus e onde você estiver).

"Pra começo de conversa, você nem tem certeza de que todos fazem cocô ou se aquele é um defeito seu e de mais meia dúzia de infelizes. [...] Minhas irmãs eu sabia que faziam cocô. Meu pai, também. Mas o que dizer sobre minha mãe? Minha professora?: O Super-Homem? O Bozo? Eles faziam cocô?"
Antonio Prata tem um jeito de escrever que faz você sentir que já conhece ele, já conhece aquela história e que ele é "gente como a gente". Eu tive o prazer de conhecê-lo na Biblioteca Mario de Andrade em Outubro e achei ele muito simpático e divertido (não vou colocar a nossa foto juntos porque eu tô parecendo maluca - e ele me fez prometer que eu não ia zoar nossa foto na internet). Mas ele contou várias coisas da vida dele e assinou meu livro <3

O livro foi lançado pela Companhia das Letras em 2013 e ganhou um prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas. Vale elogiar também a arte da capa do livro que é  muito linda!


Já leram algum livro do Antonio Prata? Tem indicações? Gostam das crônicas dele? Me contem nos comentários :)
Bisous

2 comentários:

  1. Oi , tudo bem? Ainda não li nenhum livro dele. :3
    Beijos,
    www.gleycikellyfranco.com.br

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    Respostas
    1. tudo bem e vc?
      Super recomendo as cronicas do Prata! Beijos

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